O ministro da Educação e Ciência de Portugal, Nuno Crato, esteve no Brasil na última semana (20 a 22) para dar, oficialmente, início ao processo de criação de uma Escola Portuguesa no país. Ele assinou um Memorando de Entendimento com o governo federal brasileiro,com o intuito de abrir caminho para a instalação da instituição. Está previsto que a primeira unidade será em São Paulo, mas o documento abre possibilidade para que a escola seja criada também em outros estados.
João Casanova de Almeida, secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar português, que acompanhava a comitiva do ministro, firmou um acordo com a secretaria da Educação de São Paulo que prevê um trabalho de cooperação para definir o quanto antes o local e o modelo de funcionamento da Escola Portuguesa. A expectativa é que a instituição esteja pronta para funcionar em 2015.
Essa será a primeira Escola Portuguesa no Brasil e a escolha por São Paulo levou em consideração um aspecto bastante estratégico, já que o estado abriga uma das maiores Comunidades Portuguesas no estrangeiro. Atenderá tanto os filhos da comunidade, que há tanto tempo vinha reivindicando sua instalação, quanto alunos paulistas que desejem ter uma educação de matriz europeia.
A instituição segue as exigências curriculares portuguesas e prevê conceder dupla certificação – dando acesso ao ensino superior nos dois países. A Escola Portuguesa deve funcionar como centro de formação de professores e estar ligada à rede de bibliotecas escolares. Poderá também dar apoio social a estudantes carentes e promover iniciativas na área da cultura em parceria com o Instituto Camões, seguindo o modelo de suas outras unidades no estrangeiro, como em Angola, Macau, Moçambique e Timor.