Exposição “Bordallianos do Brasil” abre no Consulado Geral

 

Artistas plásticos, estilistas e designers brasileiros apresentam suas releituras do legado artístico de Rafael Bordallo Pinheiro

                                                                   

Marcos Chaves em A Parede Tem Ouvidos                              VIK Muniz em O Colador de Cacos

           

                                                                        

           Estela Sokol  em Vai e Vem                                                     Tonico  Lemos Auad, em Serão dos Peixes  


                                                                        

    A Última Lagosta, de Maria Lynch                                                    Obra Despacho, de Isabela Capeto

 

                    

O Consulado Geral de Portugal em São Paulo apresentada a exposição “Universo Bordallo- 20 Bordallianos do Brasil”, projeto que faz releitura do legado artístico de Rafael Bordallo Pinheiro, na ocasião do encerramento do ano de Portugal no Brasil. A exposição conta com as obras de Vik Muniz, Tunga, Regina Silveira, Maria Lynch, Isabela Capeto, Adriana Barreto, Barrão, Caetano de Almeida, Efrain de Almeida, Estela Sokol, Erika Versutti, Fábio Carvalho, Frida Baranek, Laerte Ramos, Marcos Chaves, Martha Medeiros, Saint Clair Cemin, Sérgio Romagnolo, Tiago Carneiro da Cunha, Tonico Auad.

Durante o processo criativo, cada um dos artistas convidados residiu durante dez dias na fábrica Bordallo Pinheiro em Caldas da Rainha, região central de Portugal, onde ficaram familiarizados com todas as técnicas de fabricação das peças, conheceram o enorme legado histórico da marca e buscaram inspiração para a peça que eles próprios criaram. O objetivo central era que os artistas captassem a paixão, criatividade, a consciência social, o humor e a transgressão de ideias difundidas em peças que são um verdadeiro patrimônio artístico e histórico da cultura portuguesa. O projeto culminou na criação de 20 peças únicas  com “sotaque brasileiro”, limitadas e numeradas a 250 exemplares.

Rafael Bordallo Pinheiro criava obras a partir da faiança, um tipo de cerâmica semelhante à porcelana, e que explora cores e formas em suas criações.  Entre as peças icônicas criadas pelo artista destaca-se o Zé Povinho, um personagem símbolo da autocrítica do povo português; as andorinhas; as louças em formato de lagartos, cobras e folhas de couve. No Brasil, uma de suas criações, a “Jarra de Bethoven”, imponente peça de 2,6 metros de altura, foi oferecida em 1899, ao então Presidente do Brasil, Marechal Deodoro da Fonseca, e hoje pode ser conferida no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.

“Rafael Bordallo Pinheiro tinha uma ligação ímpar com o Brasil, onde viveu vários anos antes de criar a fábrica Faianças Bordallo Pinheiro. Sentimos, ao lançar o convite para estes 20 artistas brasileiros, que este seria, indiscutivelmente, um projeto com o qual Rafael se identificaria, uma vez que a admiração do fundador ao Brasil era muito forte”, explica Nuno Barra, Diretor de Marketing da Bordallo Pinheiro.

Serviço:

Exposição Bordallo Pinheiro

Data: 1/10/2013 a 02/12/ 2013

Consulado Geral de Portugal– Rua Canadá, 324 – Jardim Europa – São Paulo

Visitação agendada – 30841800 – segunda a sexta – 12h às 17h.

 Sobre a Bordallo Pinheiro

A Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha foi fundada em 1884 com o propósito de revitalizar as artes tradicionais da cerâmica, cruzando-as com a modernidade de diversos estilos que anunciavam o futuro e com a originalidade e irreverência do seu criador, Rafael Bordallo Pinheiro.   Assim nascia a produção em série de peças indissociáveis, até hoje, do nosso imaginário, plenas de criatividade e humor, marcadas pela consciência social e pela transgressão das ideias feitas.  A aquisição da empresa por parte do Grupo Vista Alegre Atlantis resgatou esta herança de enorme valor, assegurando a continuidade de uma empresa de destacada notoriedade artística que se confunde com o patrimônio cultural nacional. Utilizando ainda grande parte das técnicas centenárias na reprodução dos modelos, a fábrica prossegue hoje a recuperação do vasto legado bordalliano e, animada pelo mesmo espírito pioneiro que lhe deu origem, cria produtos contemporâneos, reforçando a sua ligação aos artistas de renome da atualidade e alicerçando o seu prestígio nos diversos mercados em que marca presença.