Portugal e Brasil rendem novo espetáculo musical com “Mar Afora”

O bom compositor está sempre buscando um intérprete que traga uma nova e ousada forma ao conteúdo da sua obra, que, naturalmente, está em constante mutação. Por sua vez, o bom intérprete, curioso e ousado, busca dar nova forma ao conteúdo da obra de um bom compositor.

No espetáculo musical “Mar Afora”, apresentado na CAIXA Cultural São Paulo, a cantora portuguesa Maria João é quem ousa inovar sobre a obra do compositor e músico brasileiro Guinga, que a acompanha com o violão. Os dois seguem “mar afora”, como diziam os antigos, aventurando-se e descobrindo novos rumos musicais.

O repertório inclui canções já gravadas por grandes nomes da música brasileira, a exemplo de “Canibaile”, “Catavento e Girassol” e “O Coco do Coco”, famosas na voz de Leila Pinheiro; ”Vô Alfredo”, conhecida pela interpretação de Fátima Guedes; “Passarinhadeira” e “Senhorinha”, ambas gravadas por Mônica Salmaso. A canção “Senhorinha” ganhou grande popularidade ao fazer parte da trilha sonora da telenovela “Sinhá Moça” (1986), em versão cantada por Ronnie Von, com o título de “Sinhaninha”.

O show, que tem patrocínio da Caixa Econômica Federal, acontece de 13 a 16 de novembro, às 19h15 , com entrada gratuita. Os ingressos serão distribuídos na bilheteria da CAIXA Cultural a partir das 12h do dia de cada apresentação.

Sobre Maria João

Maria João Monteiro Grancha nasceu em Lisboa, Portugal, em 27 de junho de 19 56. É filha de pai português e mãe moçambicana. Da infância, guarda imagens dispersas e coloridas de uma África já não tão distante assim. Das férias passadas por lá, do calor, das praias com redes por causa dos tubarões.

A entrada na adolescência revelou o seu espírito rebelde e inquieto. A menina gordinha, de óculos e cabelo encrespado não gostou nada de ser hostilizada pelos colegas loiros e magros do colégio inglês onde estudou. Fora chamada de “caixa de óculos” e “Gungunhana” (último imperador do Império de Gaza, atual Moçambique), mas logo aprendeu a se defender.

Hoje, mundialmente conhecida e admirada por seu talento e estilo singular, Maria João, à parte do duo que forma com o pianista e compositor Mário Laginha, é frequentemente convidada a colaborar com outros músicos de igual prestígio. Apaixonada pela música brasileira, ela é responsável por um dos registros mais intensos já feitos de “Beatriz”, clássico de Chico Buarque.

Sobre Guinga

Carlos Althier de Souza Lemos Escobar, o Guinga, nasceu em 10 de junho de 19 50, no Rio de Janeiro (RJ). Ele, que aprendeu violão intuitivamente aos 13 anos de idade, mais tarde faria cursos de música, incluindo cinco anos de violão clássico com o professor Jodacil Damasceno. Começou a compor aos 16 anos e classificou sua primeira canção aos 17, no Festival Internacional da Canção. Trabalhou acompanhando artistas como Clara Nunes, Beth Carvalho, Alaíde Costa, Cartola e João Nogueira.

Guinga formou-se em Odontologia em 1975, mas nunca deixou de compor. Teve várias de suas músicas gravadas por nomes importantes como Elis Regina, Michel Legrand, Sérgio Mendes, Leila Pinheiro, Chico Buarque, Clara Nunes, Ivan Lins e outros. Hoje, Guinga se dedica inteiramente a sua carreira musical, com shows e gravações em diversos países.

Serviço:

Show: “Mar Afora”, com Maria João e Guinga

Datas: de 13 a 16 de novembro

Horário: de quinta-feira a domingo, às 19h15

Local: CAIXA Cultural São Paulo

Endereço: Praça da Sé, 111 – Centro / São Paulo

Entrada: franca (os ingressos poderão ser retirados na bilheteria a partir do meio-dia.

Distribuição limitada a um par ingresso por pessoa)

Capacidade: 80 lugares

Duração: 1h20min

Classificação etária: livre

Informações: (11) 3321-4400

Acesso para pessoas com deficiência

Patrocínio: Caixa Econômica Federal